Cultura Gramado

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Secretaria da Cultura

terça-feira, 17 de agosto de 2010

PROJETO KIKITO DE RUA FOI ATRAÇÃO DURANTE O FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO

A Subsecretaria de Cultura de Gramado lançou esse ano o Projeto Kikito de Rua, que consiste na criação de uma interface entre Cinema, Graffiti, Dança de Rua e Hip Hop.

Foram convidados para ministrarem oficinas no projeto o grafiteiro e artista plástico Luís Flávio Trampo, da Trupe Urbanóide, que é um dos mais renomados da área no país, já tendo realizado exposições em várias partes do mundo, inclusive na Bienal do Mercosul.
Trampo ministrou oficina de graffiti, onde os alunos pintaram telas com spray, tendo como temática o Cinema.


Outro convidado à participar do projeto foi o raper Nitro Di, conhecido como um doa maiores ativistas do Hip Hop no Sul do Brasil, que integrava a banda de rap Da Guedes e que atualmente segue em carreira solo e apresentando um programa de Hip Hop na Rádio Atlântida, o Mix Tape.
Nitro Di ensinou a gurizada a manusear os toca discos, ferramenta imprescindível para o Hip Hop, ensinou técnicas de rima e composição e apresentou os elementos do Hip Hop.


A função aconteceu na sexta e sábado passados no Atelier de Artes do novo Centro Municipal de Cultura, localizado junto ao Lago Joaquina Rita Bier e contou com a presença de dezenas de jovens integrantes do Grupo de Dança de Rua de Gramado Expressão Ativa, liderados pela Professora Denise Foss, além de convidados de um projeto social voltado à crianças em situação de risco de Canela, que participaram da ação acompanhados da coordenadora Cuca Petzinger.


A idéia do projeto era apresentar várias formas e expressões artísticas que podessem criar uma interdisciplinaridade com a produção audiovisual, tema em voga na cidade em virtude da realização do maior evento cinematográfico da América Latina, o Festival de Cinema de Gramado.
Em clima de Festival, a linguagem corporal, a expressão, a música, as cores e a interpretação estiveram presentes na oficina, que uniu a sétima arte às rimas e batidas do Rap e às danças dos b-boys e b-girls.
Nitro Di demonstrou que é fácil mesclar ritmos musicais, usando da criatividade e da originalidade, com resultados maravilhosos.


O grafiteiro Trampo pintou um painel à partir de uma imagem do Kikito, com toda a peculiaridade de sua arte, que está ligada diretamente à vários movimentos, em especial à Cultura de Rua.
O graffiti é a forma de expressar toda a opressão, principalmente à sofrida pelos menos favorecidos, e constitui-se como uma arte que traduz as mazelas e desigualdades sociais em forma de protesto.


O Movimento Hip Hop é composto por 4 elementos: o Break, que representa o corpo através da dança, o MC (cantor de rap) que representa a consciência e o cérebro, o DJ, que é a alma, a essência e a raiz, e o Grafite, que é a expressão da arte e o meio de comunicação do movimento. Alguns ainda dizem haver mais um elemento no Hip Hop, que é a atitude, a vontade de transformar, o exercício pleno da cidadania e da inclusão social.


De acordo com o grafiteiro Trampo, "há anos já participo de ações em Gramado e sempre é uma grande satisfação estar aqui transmitindo conhecimento e difundindo a arte do graffiti junto aos mais jovens, proporcionando um aprendizado maior da Arte de Rua e conscientizando a moçada sobre a importância de se expressar para o mundo".


Para o raper Nitro Di, o Hip Hop é uma bela ferramenta para o estímulo à cidadania: "A música, a dança, as artes plásticas, as letras, enfim, todos os componentes do Hip Hop servem para aguçar o senso crítico da rapazeada e fazer com que as novas gerações crescam preocupadas com os seus iguais, em diminuir as diferenças sociais e exterminar o preconceito. O Hip Hop oportuniza tudo isso com grande eficiência, pos fala a mesma língua dos mais jovens, utilizando as artes como forma de expressão".


O subsecretário de Cultura, Daniel Bertolucci, destaca que "essas oficinas buscam incentivar o talento latente dos jovens, que trazem dentro de si a alegria, a irreverência característica e a energia transformadora, possibilitando novos instrumentos para a manifestação cultural que tanto defendemos. Integrando a juventude local com eventos culturais, como é o caso do Festival de Cinema, e criando paralelos entre diversas formas de expressão artística, como a dança, a música, o cinema e as artes plásticas, estamos formando artistas e platéias, além de estarmos provendo a diversidade cultural em nossa cidade".

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